segunda-feira, 14 de julho de 2008

Música: Grace Jones inédita após duas décadas

A cantora e atriz jamaicana, Grace Jones, radicada nos Estados Unidos, reaparece após um hiato de 20 anos sem lançar qualquer hit. O novo álbum, “Corporate Cannibal”, conta com a participação do produtor musical Brian Eno e Tricky.
Considerada uma das artistas mais geniais, criativas e malucas da música Pop, Grace, aos 60 anos, vem mais assustadora do que nunca no clipe de “Corporate Cannibal”. Confira o vídeo (
http://br.youtube.com/watch?v=FgMn2OJmx3w). A direção do clipe é de Nick Hooker.
Embora um longo jejum de músicas inéditas - seu último álbum de estúdio saiu em 1989 – Grace Jones nunca deixou de realizar shows, principalmente num estilo underground, sem grandes divulgações.
Além de Brian Eno, Tricky e Hooker, o novo álbum de Grace conta com o apoio de Sly and Robbie, Wally Badarou, Uzziah “Sticky” Thompson, Mikey “Mao” Chung, Barry Reynolds, John Justin, Martin Slattery, Philip Sheppard, Jean-Paul Goude, Robert Logan, Don-E e Tony Allen, sob os cuidados de Cameron “Engine” Craig.

Um breve histórico de Grace Jones:
Após estourar na onda Disco dos anos 70, Grace Jones passou a adotar o corte de cabelo em “caixa”, que acabou sendo usado por muitos negros na América na década seguinte. Nos anos 80, Jones aderiu o visual masculino através do movimento “power dressing”, que também influenciou Annie Lennox (Eurythmics) e Claudie Fritsch-Mentrop (Desireless).
Grace sempre conciliou sua carreira musical com a artísitca. A ex-bongirl de 1985 começou a aparecer nas telas em filmes de pequena produção, normalmente com conteúdo sexualmente explícito. Seu primeiro grande personagem foi Zula, uma Amazona no filme Conan, o Destruidor (1984), ao lado de Arnold Schwarzenegger e a lenda da NBA, Wilt Chamberlain. Desde então, Jones foi mudando suas personagens, desde vampira até travesti. Um de seus últimos trabalhos foi a guerreira Impatra no seriado Beastmaster.
Polêmicas na vida de Grace Jones sempre fizeram parte de sua rotina. Em 1981, Grace chegou a esbofetear o apresentador de talk show Russel Harty, após ele dar as costas e ignorá-la em uma conversa. Já em 1987, ela fez um ensaio sensual para a Playboy, ao lado do ator-fisiculturista Dolph Lundgren, seu namorado na época. Onze anos depois, Jones foi banida do mundo Disney por ter mostrado os seios em um show na Disneylândia. Há três anos, novo incidente, desta vez num trem da Eurostar, onde discutiu com o gerente e foi convidada a se retirar do trem, alegando ter sido maltratada. Muita confusão para uma artista que já lançou 43 singles, sendo muitas consideradas clássicas nos dias de hoje, como "That's The Trouble", "I Need a Man", "La Vie En Rose", "Do Or Die", todas inclusas em trilhas de novelas brasileiras.


Discografia:

1977 - Portfolio (Island)
1978 - Fame (Island)
1979 - Muse (Island)
1980 - Warm Leatherette (Island)
1981- Nightclubbing (Island)
1982 - Living My Life (Island)
1985 - Slave to the Rhythm (Manhattan/Island)
1985 - Island Life (Island) - compilação
1986 - Inside Story (Manhattan)
1989 - Bulletproof Heart (Capitol)
1996 - Island Life 2 (Universal International) - compilação
1998 - Private Life: The Compass Point Sessions (Island) - compilação
2003 - 20th Century Masters - The Millennium Collection: The Best of Grace Jones (Island) - compilação
2003 - The Universal Masters Collection (Universal) - compilação
2004 - The Collection (Spectrum) - compilação
2005 - Fame / Muse (No Label) - Dois álbuns em um CD
2006 - The Grace Jones Story (Island Cat # 9833286) - compilação
2006 - Ultimate Collection (CCM) - compilação (Cd triplo em edição limitada)
2007 / 2008 - Corporate Cannibal (Palm Pictures)

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