O tão esperado encontro dos ídolos da MPB, Roberto Carlos e Caetano Veloso, cantando Bossa Nova no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, finalmente aconteceu ontem.
Apesar de longos anos de carreira e uma antiga amizade, foi a primeira vez que os dois subiram ao palco para cantar juntos Bossa Nova, em homenagem aos 50 anos do gênero, interpretando a obra do maestro Tom Jobim.
O show, pertencente ao projeto “Itaúbrasil”, contou com a participação de uma orquestra de 21 músicos e duas bandas para as apresentações individuais. A regência e os arranjos foram assinados pelos maestros Jaques Morelenbaum e Eduardo Lages. O roteiro foi composto por vinte e uma canções, entre solos e duetos.
Após a histórica apresentação, os músicos falaram sobre emoção desta união e da importância da Bossa Nova na música brasileira. “A Bossa Nova é uma música riquíssima, sofisticada e que transcendeu. Foi uma emoção muito grande. Fiquei nervoso porque, embora tenha cantado Bossa Nova no início da minha carreira, já faz muito tempo. A gente não se sente tanto nessa praia. E ao lado de Caetano, fiquei ainda mais nervoso”, disse o “Rei” Roberto. “Não, o Roberto canta muito mais que eu. Não é confete, não. É constatação da realidade. Para mim foi uma maravilha. Principalmente numa homenagem ao movimento que criou uma espécie de auto-estima musical nacional, desde João Gilberto ao grande gênio Tom Jobim, o maior compositor brasileiro de todos os tempos”, completou um eufórico Caetano.
Para aqueles que não puderam conferir o concerto ao vivo, a Rede Globo exibirá a apresentação paulista no dia 14 de setembro. As gravações terão a direção de Roberto Talma.
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